Como
é visto a transexualidade na visão do yoga? E como devemos nos
comportar em relação as pessoas transexuais? Em termos kármicos, o que
significa ser um transexual?
Recebi este comentário. Vejam que situação:
“Primeiramente quero agradecer pelos seus vídeos pois você tem
ajudado muitas pessoas com suas palavras e ensinamentos. Não sei se você
vai me responder mais gostaria de pedir um vídeo seu falando sobre
pessoas trans pois sou uma mulher trans é mesmo sendo honesta e fazendo o
bem sou odiada por muitas pessoas sem ter feito nada. Não consigo
entender o pq as pessoas me tratam mal apenas por eu ser trans mais seus
vídeos me salvaram do suicídio e do sofrimento e me trazem calma. Hoje
em dia consigo acalmar minha mente mesmo quando sou agredida
verbalmente. Obrigada por salvar não só a minha vida mais a de muitas
pessoas que perderam a fé. Se você puder me explicar sobre meu karma em
ser trans eu agradeço do fundo do meu coração.” – Adryana Nunes
Que absurdo este nível de ódio. Uma vergonha isso. E sabe porque tem
este ódio todo? Porque é diferente. Temos ódio do que é diferente. Um
resultado ignorante de um conceito ignorante.
Por isso as pessoas têm ódio de outros com pele diferente, partido
político diferente, orientação sexual diferente, classe diferente,
religião, time de futebol, nacionalidade e assim vai.
Na verdade, somos todos iguais. Somos um. Quando elevamos nossa
consciência, compreendemos este fato e, com isso, o ódio desaparece de
nossa vida.
O yoga entende que somos almas eternas. Apenas recebemos um corpo de
acordo com nosso karma. E temos dois corpos. O corpo físico, esse
estudado pela medicina, o e corpo sutil, que é nossa identidade (o que
chamamos de falso ego na tradição do yoga), mente e inteligência. Os
dois corpos são temporários e passageiros, enquanto que a alma é eterna.
Os corpos são temporários, mas são reais. E é através deles que temos
que viver. É através deles que temos nossos aprendizados e até mesmo
nossa autorrealização espiritual final. Portanto, temos que cuidar bem
deles. Não podemos ignorar eles.
Orientação sexual e identidade de gênero fazem parte do nosso karma.
Nossos aprendizados estão atrelados ao corpo que recebemos, ou melhor
dizendo, aos corpos, sutil e grosseiro.
Ser homossexual é estar no corpo de um sexo e ter atração sexual por
membros do mesmo sexo. Já a transexualidade é um desafio muito maior. É
estar com corpo sutil de um sexo, mas no corpo físico do outro. Uma
mulher num corpo de homem. Um homem num corpo de mulher. Não se trata de
mera orientação sexual. Se trata de identidade de gênero, de qual sexo a
pessoa se sente ser.
Você não se sente mulher porque está em corpo de mulher, ou homem porque
está em corpo de homem. Você sente isso porque é isso no corpo sutil!
Esse é seu corpo sutil nessa vida e, para quase todos nós, acompanha o
correto corpo grosseiro externo.
O transexual tem este enorme desafio kármico. Está no corpo errado. Está
desconfortável com seu corpo, da mesma forma que você estaria se
acordasse amanhã num corpo do sexo oposto.
É diferente, por exemplo, de ser homossexual. O homossexual está feliz
em seu corpo e feliz em sua atração por outras pessoas com o mesmo corpo
que ele ou ela, da mesma forma que o heterossexual está feliz em seu
corpo, com atração sexual por membros do sexo oposto.
Já o transexual está numa situação muito mais desafiadora. E por isso
merecem todo nosso apoio. Ao invés de ódio, eles merecem nosso carinho e
força.
A vida não é fácil. Cada um carrega sua cruz, encara seus desafios.
Precisamos de nos equipar com técnicas e conhecimento apropriado para
não nos perder na vida. No livro “O Caminho 3T” (
www.3T.org.br) encontrará um guia completo para se fortalecer e fazer a vida cada dia melhor.
Seu amigo,
Giridhari Das
Veja o que estão falando do livro “O Caminho 3T”: “Gratidão profunda, livro transformador.” – Ludmila Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário