domingo, 30 de maio de 2021

miltologia babilonica

 DAD - Senhor das tempestades, das tormentas acompa­nhadas de raios e trovões, mas também da chuva benfazeja. Adad não era deus sumeriano, nem sequer semita. As lendas fenicias, as mais antigas, tais como as encontradas em Ras-Shamra, refe­rem que quando todo o panteão foi provido de templos, somente Adad não tinha nenhum; portanto, não fazia parte do colégio inicial dos deuses.

Na realidade, Adad é o grande deus dos asiânicos, represen­tado como o habitante dos cimos elevados, armado do raio e do relâmpago. tendo por atributo o touro, cujos mugidos lembram o trovão. O grande príncipe da fertilidade, cujos reflexos se manifestarão nos inúmeros deuses secundários especializados: O deus da árvore, do campo, da fonte, da vinha etc. Adad tem por esposa Sala (ou Shala), que é denominada comumente "A dama da espiga".

 

AN -V. Anu.

ANU -Anu é forma semita do deus An. Reside nos céus, conforme o seu ideograma, que é o da estrela; tem poderes mais extensos que os demais deuses, incluindo até aqueles que se atribuíam, em geral, aos espíritos da fertilidade e da fecundidade. Era o deus supremo desde a época sumeriana; mas outros deuses que também habitavam o céu aos poucos foram tendo tanto poder como ele. O lugar preferido do seu culto era a cidade de Der, em Acad, e Uruk, na Suméria. Lá, no seu templo de Eana, casa do céu ou Anu, pois o mesmo signo, a estrela, serve para escrever o nome do deus e o da sua residência, adorava-se, igualmente, sua filha, a deusa Istar, cujo culto, pouco a pouco, igualou-se ao seu, se o não suplantou. Anu tinha, também, um famoso templo em Lagash, no quarteirão sagrado da cidade, Girsu. Nesse tem­plo, da mesma forma, desde o reinado de Enadu, o primeiro sobe­rano do qual possuímos um monumento, a Estela dos Abutres, Istar que entre seus inúmeros nomes tinha o de Nini em sume­riano, era adorada como filha de Anu, e seu culto logo ultrapassou o do grande deus.

Até a época neo-sumeriana e a dinastia babilónica, antes da intrusão de Marduc, Anu era reconhecido como o deus supremo, rei dos deuses; colocavam diante dele as insígnias da realeza: o cetro, o diadema, o bastão de comando e a coroa.

A prioridade de Anu se traduz pela hospitalidade que ele dá a todos os demais deuses; é "no céu de Anu" que se reúnem para bem comerem e melhor beberem, assim como para se lamen­tarem quando algum perigo os ameaça.

 

ARALU -Os infernos.

 

ASSUR - Deus epónimo dos assírios, o deus supremo da religião ninivita. Seu nome pouco aparece nos mitos babilónios.

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B BABU -Esposa de Ninurta. Essa divindade feminina presi­dia à saúde dos homens, curava as enfermidades, mas podia, também, infligir grandes danos aos mortais.

 

BEL -Bel ou Bilu, o grande deus da Babilónia. Corres­ponde ao Grande Baal, "Senhor", dos fenícios.

 

BELTIS -O nome caldeu de Béltis era Belit, "A Dama". Designava a deusa associada pelos caldeus ao deus Bel. No começo foi identificada com Istar, mas logo se tornou divindade independente e distinta.

Os gregos a identificaram com Afrodite; davam-lhe, também, o nome de Milita, forma grecizada de Belit.

O seu culto comportava ritos estranhos: as mulheres deveriam passar, quando ainda virgens, algum tempo no templo da deusa e se entregar ao primeiro que se apresentasse; eram "as primí­cias da virgindade"; essa prostituição sagrada é encontrada na Síria e em Chipre.

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DANQUINA -Esposa de Ea. Não tem história própria.

 

DEMONIOS - Uma das grandes preocupações da religião de Assur e da Babilónia eram os génios, espíritos bons ou maus que cercavam os homens. Os bons génios ou demónios benéficos eram representados por touros alados e ornavam as portas dos palá­cios; os maus demónios eram mais numerosos que os bons; tinham nascido ora de Bel, ora de Anu, mas unidos, então, a uma deusa infernal; alguns eram considerados filhos de Ea e Danquina, não obstante o carácter benfazejo desse casal divino; a contradição era aparente, pois eles tinham, então, o nome de "a bílis de Ean.

Os demónios perversos eram figurados como monstros imper­feitos e horrendos e divididos em várias categorias. A primeira, a mais frequente, era a dos maus utukku, também chamados os "Sete", ainda que não tivessem esse número; essa primeira classe era mal definida; os textos se contradizem; às vezes dão-lhes o nome de edimmu, "Os que voltam", ou namtaru, "O Demónio da Peste".

Praticavam toda espécie de maldade: perseguiam os viajan­tes, maltratavam os animais, promoviam dissenções entre os membros de uma mesma família, provocavam rixas, faziam as pessoas sofrer acidentes, tiravam-lhes a boa saúde, numa palavra, tornavam a vida detestável.

Havia, também, os íncubos e súcubos, que, unindo-se aos mortais, geravam toda uma série de desgraças: eram crianças que não nasciam a termo, recém-nados que morriam, abortos etc. Depois vinham as calamidades: seca ou cheia desastrosa, morte do gado, perda das colheitas etc.

Os edimmu eram seres revoltados, que tinham sofrido morte injusta ou que não tinham obtido as alegrias que almejavam; vingavam-se causando dano aos homens. A lista dos que se tornavam edimmu era assaz longa: Aquele cujo cadáver foi aban­donado na planície, aquele que ficou sem sepultura, a mulher que morreu virgem, a mulher que morreu de parto, a mãe cujo filho nasceu morto, aquele que caiu duma palmeira, aquele que se afogou...

 

DÉRCETIS - Deusa síria, também conhecida como Dérceto ou Atágartis ou Astarte. Representavam-na com corpo de peixe. Dércetis houvera, de simples mortal, uma filha, a célebre Semí­ramis, que desposou Nino, rei da Assíria, e fundou Babilónia; Semíramis cercou a cidade com imensas muralhas flanqueadas por torreões. No fim do governo, sabendo que Nínias, seu filho, conspirava contra ela, cedeu-lhe a coroa e metamorfoseou-se em pomba.

Dércetis, originariamente, era deusa de Áscalon (cidade da antiga Palestina, uma das principais cidades dos filisteus, porto do Mediterrâneo; vêem-se, hoje, suas ruínas perto de El Djurah, a 70 km de Jerusalém); confundiu-se com Atágartis de Hier6­polis; seu culto deu origem à lenda grega de Perseu e Andrômeda.

DUMUZI -Deus da vegetação, de modo especial das messes.

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EA - O nome de Ea, em língua sumeriana, era Enqui, o senhor do solo, mas do solo profundo, do subsolo que para os babilónios eram um abismo líquido sobre o qual flutuava o mundo; não era, contudo, deus dos infernos, onde reinava Nergal. Ea significa "casa d'água"; o nome, portanto, precisa a qua­lidade e o carácter da realeza que exerce; de feito, os babilónios haviam localizado a sabedoria, a ciência e a prudência no abismo que chamavam apsu, simples semitização da palavra sumeriana ab-zu, morada do saber.

Ea tinha por esposa Danquina, de carácter muito apagado. Ea era o protetor do gênero humano e algumas tradições teo­lógicas o faziam criador da humanidade; ele teria modelado em greda um corpo humano e nele inspirado o sopro vital; vê-se, aí, claramente, o eco da tradição bíblica, quando Deus fez Adão do barro da terra. Era, também, deus-oleiro, talvez por causa da sua habilidade em amassar o barro.

Graças a Ea não se perdeu toda a humanidade, pois ele avisou Um-napisti e levou-o a construir o barco onde se acolheu com sua família. Na qualidade de senhor do saber, todas as altas ciências estão sob a sua protecção: magia, divinação, astronomia (ou melhor, astrologia), medicina etc.; davam-lhe o epíteto de "deus do olho brilhante".

 

ENLIL -O nome semita de Enlil é Bel, que significa "Se­nhor". Seu domínio é a terra. Em Sumer, o principal lugar de culto de Enlil era Nipur. Já nas épocas arcaicas era chamado de "rei dos deuses"; essa primazia, sem dúvida, responde à tra­dição do clero, pois ainda que o chamem de "sábio", "ajuizado", "prudente", foi ele que ordenou o dilúvio, não obstante os pro­testos de Istar e de Ea. É interessante observar que quando Marduc ascendeu ao primado no panteão babilónico, também recebeu o nome de Bel: Bel-Marduc; Enlil tornou-se, então, Bel­-o-Antigo. Sua esposa tomou como nome a forma feminina do nome do marido, Belit, a Dama.

 

ENQUI -Senhor das águas profundas, do abismo que supor­ta a terra.

 

ENZU -Deus-lua, senhor do saber.

ERESQUIGAL -Irmã de Sarnas e de Istar. Era a rainha dos Infernos, chamados aralu. Nergal, um dia, invadiu os infernos, "país do qual não se retorna" e maltratou Eresquigal; esta ofere­ceu-se-lhe em casamento. Nergal aceitou e tornou-se o rei dos infernos.

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GATUMDUG -Deusa do leite.

 

GÉNIOS -V. Demónios.

 

GESHTIN ANA -"A Vinha Celeste", deusa agrícola.

 

GIBIL -Deus sumeriano. -V. Nuscu.

 

GIZIDA -Deus da vegetação, pertencente ao ciclo naturista.

 

GULA -Divindade esposa de Ninurta. Presidia à saúde e curava as doenças dos homens; mas podia, também, infligir gran­des danos aos mortais. O cão, companheiro de Gula, tornou-se, entre os gregos, o de Esculápio.

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INSHUSHINAK -Outro nome para Ninurta. Era o deus de Susa.

 

INURTA -V. Ninurta.

 

ISTAR - Istar, por causa das numerosas divindades das quais ela se tornou a expressão, tem genealogia bem incerta; dizem-na filha de Sin, mas também de Anu; é irmã de Samas e de Eresquigal, deusa dos infernos. Seus esposos e amantes formam uma lista assaz extensa; quase em toda parte, às vezes sob nome diferente, é a esposa do deus principal da cidade; por­tanto, tantos maridos quantas forem as cidades. Atribuem-lhe dois caracteres diferentes, porque ela representa duas espécies de deusas: deusa do amor, do prazer, da volúpia e deusa das bata­lhas; e isto não por razões filosóficas: o amor, irmão da morte, a morte consequência do amor etc. Não. É o princípio da fecun­didade por excelência ao qual se uniu o carácter bélico; mas essas duas qualidades são sempre reverenciadas sob nomes diferentes; em Uruk é Istar da religião naturista; a Istar de Halab e a Istar de Arbela são divindades bélicas; os atributos, num e noutro caso, diferem, assim como os símbolos; na baixa época esse duplo carácter foi acentuado nas assimilações: era Vénus (ou Afrodite) enquanto deusa do amor e da volúpia, era Cibele quando deusa da fertilidade. Comumente identificada com Astarte, Astarot ou Astoret, era a grande deusa de todos os povos semitas.

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MARDUC - Segundo os hebreus, nome do deus adorado em Babilônia como divindade suprema. Era filho de Ea; seus atri­butos: o dragão, o peixe-cabra e o cão. Venceu as divindades do Caos e organizou o Céu e a Terra. Tinha, também, o nome de Merodac.

Os deuses da magia, de modo particular, eram representados por Marduc e Ea; este último, senhor de toda sabedoria, ben­feitor da humanidade, abandonou, pouco a pouco, todos seus po­deres activos ao filho, Marduc, quando foi da reforma religiosa da primeira dinastia babilônica.

 

MERODAC - O mesmo que Marduc.

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NABU - Cognominado "O escriba dos deuses", Nabu era a divindade que, anualmente, quando os deuses se reuniam em assembleia, no início do ano, a fim de fixar os destinos para o novo período que começava, escrevia em tabuinhas as determi­nações emanadas da assembleia divina.

 

NEBO - Divindade assíria que era cultuada na babilónia.

 

NERGAL -Deus dos infernos. Era de caráter solar, mas destruidor.

 

NIDABA -Deusa da fertilidade. Era, propriamente, uma divindade-grão, deusa dos caniços e dos juncos, tão abundantes nos terrenos paludosos .junto aos rios e aos canais. Como o caniço servisse para fazer cálamos, os estiletes com os quais se escrevia sobre a argila, Nidaba tornou-se a deusa dos números e dos presságios; além disso se qualificava como a deusa das plan­tas, em geral, que vicejavam nos marnéis, de modo particular das equissetáceas, que, calcinadas, produziam a soda, cuja mistura com óleo e argila dava um sucedâneo do sabão. Também tinha o nome de Nisaba.

 

NINCARRAC -Esposa de Ninurta. Era divindade que presidia à saúde dos homens.

 

NINGIZIDA -Deus dos bosques e das verduras. Chama­vam-no "Senhor do bosque da Vida". O mesmo que Gizida.

 

NINTUD -Deusa que presidia aos partos. Era invocada, de modo particular, pelas mulheres grávidas.

 

NINURTA -Ninurta ou Inurta era o deus dos combates no tempo dos sargônidas; consideram-no um emigrado da religião naturista.

Nos tempos sumérios, arcaicos, era o senhor de Girsu (Nin Girsu), o quarteirão sagrado de Lagash; naquela época desem­penhava o papel de deus da fertilidade, presidia às cheias dos rios, sem as quais não poderia haver vegetação. Na época assiria teve armas por símbolos; outrora era a charrua.

Em Ninurta confundem-se muitas divindades: Inshushinak, o deus de Susa, Zababa, o deus de Kish. ..Sua poligenia se traduz por aparente poligamia: será esposo ora de Babu, ora de Nincar­rac, ora de Gula; essas divindades femininas são bem diferen­ciadas; presidiam à saúde do homem; curavam-no de suas enfer­midades, mas podiam, também, infligir-lhes sorte funesta.

NISABA -V. Nidaba.

 

NUSCU - Deus da chama. Representa o deus surneriano Gibil. Os fiéis de Nuscu rendiam-lhe graças sem cessar, pois, faltando o fogo, os sacrifícios não poderiam ser consumidos.

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OANES - Um dos principais deuses da Babilónia. Oanes, saído do mar Eritreu, era um monstro metade homem e metade peixe, que apareceu pela primeira vez perto de um lugar vizinho a Babilônia. Tinha duas cabeças, a de homem sob a de peixe. Esse monstro vivia entre os homens, sem comer; deu-lhes o conhecimento das letras, das artes e das ciências em geral, assim corno da agricultura. Ao pôr do sol Oanes se retirava para o mar e passava a noite sob as águas

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SALA -Esposa de Adad. Tinha o epíteto de “A Dama da Espiga".

 

SAMAS -O deus Sol, Utu em sumeriano. Sarnas era filho do deus-lua. Para nós o sol tem importância mui diversa da que lhe atribuem no Oriente. O sol da manhã, que aquece a terra, é o benvindo; dispersa as trevas, asilo dos maus espíritos que engendram o terror; mas, à medida que avança no seu curso, cessa de ser benfeitor da humanidade; é ele que queima as plan­tações e que faz da planície um deserto; o sol do meio-dia é assassino: faz os homens sofrerem ataques de insolação, causa­-lhe incômodos vários, dissemina epidemias; deixa, então, de ser Sarnas e se transforma em Nergal, deus dos infernos, abastecedor de seu próprio domínio por meio das epidemias que espalha sobre a terra. A principal qualidade de Sarnas é ser deus da justiça. Essa atribuição nos esclarece a respeito do modo de pensar das populações primitivas que o conceberam; por definição, o sol vê tudo (bem como na Grécia), inunda tudo com a sua luz, expul­sa as trevas, propícias aos maus; é, pois, por excelência, o deus da justiça.

Soberanos que promulgavam leis, corno Hamurábi, colocam suas leis sob os auspícios do Sol; no código desse rei, que se encontra no Louvre, vemos o monarca representado em adoração diante de Samas.

Numa época certamente secundária do seu culto, atribuí­ram-lhe dois filhos, Quitu e Mesaru, palavras que, respectiva­mente, significam "Direito" e "Justiça". Temos aí puras hipós­tases teológicas, absolutamente estranhas ao período arcaico.

A esposa de Sarnas chamava-se Aia.

 

SEMTRAMIS -Rainha lendária da Assíria, filha da deusa Dérceto ou Dércetis; abandonada pela mãe, tornou-se escrava. Um general de Nino, pressentindo seu génio e fascinado pela beleza da escrava, tomou-a por esposa; o próprio Nino por ela se apaixonou, o qual, antes ficara impressionado com a coragem que a jovem demonstrara por ocasião do ataque dos bactros. Nino, então, fez com que o general a cedesse, e a tomou por esposa.Semíramis de imediato conseguiu poder sem limites sobre seu novo marido; dessa união nasceu um filho, Nínias. Segundo antiga tradição, Semíramis, um dia, pediu ao esposo que lhe confiasse, por um momento, o poder real absoluto; este cedeu aos rogos da esposa e foi logo massacrado.

Seja como for, Semíramis sucedeu a Nino no trono. Engran­deceu, fortificou e embelezou Babilónia; cercou-a de muros tão largos que dois carros podiam cruzar por cima deles tranquilamente; construiu imensas plataformas cobertas de jardins magní­ficos, os chamados "Jardins suspensos da Babilônia", urna ponte sobre o Eufrates, galerias sob o leito do rio e um lago que aco­lhesse as águas excedentes no tempo da cheia. Na Arménia mano dou erguer o famoso Artemita e outras obras não menos impor­tantes que as de Babilónia. Submeteu a Arábia, o Egito, urna parte da Etiópia e da Líbia e só não teve sucesso na expedição que dirigiu contra a tndia. Morreu depois de ter reinado 42 anos; sucedeu-lhe Ninias, seu filho, que, talvez, tenha lhe abre­viado os dias.

Semíramis foi adorada pelos assírios sob a forma de pomba; contava-se que ela tinha sido criada por pombas e que ao morrer subira aos céus sob a forma de uma dessas aves; seu próprio nome significava pomba. Outras tradições referem que Semi­ramis matou o marido e todos os filhos, com exceção de Nínias. A tradição recolhida por Justino (Rist. Phil., li) é assaz di­versa.

 

SIN - Sin é nome semita do deus-lua que se chamava em sumeriano En-zu, o senhor do saber; aí também se encontram duas concepções diferentes, uma colocando o saber no céu, outra nas águas subterrâneas. Contrariamente a muitos povos, os meso­potâmios da lua fizeram um deus, não uma deusa.

O deus Sin gozava de grande prestígio; era ele que, com as variações do seu disco regulava o curso dos meses (os babilónios tinham o mês lunar), que, de tempos a tempos, era necessário pôr de acordo com o curso do ano verdadeiro, isto é, o ano solar. Assim, uma das formas de escrever seu nome é o número trinta, do total de dias necessário à revolução lunar. A regularidade do curso lunar deu a Sin o carácter de ordem e sabedoria. Imagi­navam-no como homem de idade madura, com imensa barba de lápis-lazúli. Para os mesopotâmios, o crescente lunar que, na­quela latitude aparece com a convexidade quase paralela ao hori­zonte, era a barca do deus na qual ele percorria o céu.

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TAMUZ - Deus da vegetação. O seu culto permaneceu até ao primeiro milenário; o seu nome figurava no calendário, pois tinha um mês que lhe era dedicado, "o mês Tamuz", junho-julho; cele­bravam-se inúmeras festas em sua honra; com o correr dos séculos o culto de Tamuz permaneceu quase apagado, mas as lendas em que ele participava gozaram, sempre, de extraordinário prestígio. Mas, no decorrer do período greco-romano, Tamuz conheceu um esplendor que não foi igualado por nenhum outro deus do panteão babilónico: transformou-se no famoso Adónis, adaptação do semita Adon, "Senhor".

O culto de Tamuz aparece na Bíblia (Ezequiel, VIII, 14):  "Conduziu-me até a entrada da porta setentrional da casa do Senhor: mulheres estavam sentadas, chorando Tamuz".

No estio, os povos semitas costumavam celebrar festas fúne­bres, por causa da sua morte prematura.

 

TRÍADES - A religião babilônica conhecia duas triades (con­junto de três deuses, segundo o esquema familial, pai, mãe e filho) principais; a característica mais notável dessas tríades é que não correspondem ao sentido comum que lhe dão, feito sob o esquema familial, de pai, mãe e filho; em geral, as religiões evoluídas de um culto naturista, não guardam essa noção.

A primeira tríade babilónica é composta de Anu, Enlil e Ea; a segunda é formada por Sin, Sarnas e Istar. — V. esses nomes.

 

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UTU - O Sol. Utu, nome sumeriano, é o mesmo Samas.

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ZABABA -Deus de Kish. Era o mesmo deus Ninurta.


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