Pense sobre isso.
No que está mesmo interessado
Talvez você queira mudar o modo como pensa sobre si mesmo e o seu mundo.
Talvez você gostasse de ser um melhor comunicador, desenvolver uma relação mais amorosa, aprender com mais rapidez, tornar-se mais saudável, ou ganhar mais dinheiro. Você pode conseguir todas essas coisas para si, e muito mais, através do uso efetivo das informações deste livro.
No entanto, antes que consiga novos resultados, deverá compreender que já os está conseguindo.
Mas poderão não ser os resultados que deseja. Nós, em geral, pensamos em nossos estados mentais e na grande parte do que acontece em nossas mentes como coisas que acontecem fora de nosso controle.
Mas a verdade é que podemos controlar nossas atividades mentais e comportamento a um ponto
tal que antes não acreditaríamos ser possível. Se você está deprimido, você criou e produziu esse show que chamou de depressão. Mas, se estiver eufórico, você criou isso, também
É importante lembrar que emoções como a depressão não acometem você.
Não se "pega" depressão. Você a cria, como qualquer outro resultado em sua vida, através de ações específicas mentais e físicas. Para ficar deprimido tem de olhar sua vida de maneira específica. Tem de dizer certas coisas para si mesmo, nos tons exatos de voz. Tem de adotar uma postura específica e um modo de respirar.
Por exemplo, se você quiser ficar deprimido, ajudará muito deixar cair os ombros e olhar muito para baixo. Falar em um tom de voz triste e pensar nos piores momentos de sua vida também ajudarão. Se você provocar distúrbios em sua bioquímica, como conseqüência de uma dieta pobre, excesso de álcool ou uso de drogas, ajudará seu corpo a ficar com baixo teor de açúcar no sangue - e assim garantirá uma
O que quero mostrar aqui é que é preciso esforço para criar depressão. É trabalho pesado e são precisos tipos específicos de ação. Algumas pessoas criam este estado com tanta freqüência que, para elas, é fácil repeti-lo. De fato, muitas vezes ligaram esse tipo de comunicação interna a toda espécie de acontecimentos
externos. Algumas conseguem tantos ganhos secundários - atenção dos outros, simpatia, amor, e outras coisas - que passam a adotar esse estilo de comunicação como seu estado natural de vida. Outras viveram tanto tempo com isso, que agora se sentem bem assim. Tornaram-se identificados com o estado. Podemos, no entanto, mudar nossas ações mentais e físicas e, com isso, mudar, imediatamente,
nossas emoções e comportamentos.
Você pode tornar-se extasiado, adotando logo o ponto de vista que cria essa emoção. Pode imaginar as espécies de coisas que criam esse sentimento.
Pode mudar o tom e o conteúdo de seu diálogo interno. Pode adotar as posturas específicas
e a maneira de respirar que criam esse estado em seu corpo, e voilà: experimentará êxtase. Se quiser ser piedoso, basta mudar suas ações físicas e mentais para combiná-las com aquelas que o estado de compaixão requer. O mesmo é válido para o amor ou qualquer outra emoção.
Você pode considerar o processo de produzir estados emocionais, dirigindo suas comunicações internas, semelhante ao trabalho de um diretor de cinema.
Para produzir os resultados precisos que quer, o diretor de um filme manipula o que você vê e ouve. Se quer que você fique com medo, mudará o som e jogará alguns efeitos especiais na tela, no momento certo; se quer que fique inspirado, arranjará a música, a iluminação, e tudo que for preciso para produzir esse efeito. Um diretor pode produzir uma comédia ou tragédia, a partir do mesmo evento, dependendo
do que decida pôr na tela. Você pode fazer as mesmas coisas na tela de sua mente.
Pode dirigir sua atividade mental, que é a base de toda a ação física, com a mesma destreza e poder; pode acender a luz e o som das mensagens positivas em seu cérebro; e pode escurecer as cenas e sons das negativas. Pode, também, dirigir seu cérebro com tanta habilidade, como Spielberg ou Scorsese dirigem suas filmagens.
Do livro: O Poder sem Limites
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