quinta-feira, 10 de julho de 2014

homosexualidade e espiritismo

Homossexualidade e Espiritismo

DIÁRIO DA MANHÃ
JÁVIER GODINHO
Ser ou não ser homossexual não depende da pessoa. É da natureza porque homossexual já nasce homossexual. Dignidade, respeito e trabalho, estes sim, dependem dela.
Em termos de homossexualismo, a reencarnação esclarece o necessário. O espírito, reencarnando em sucessivas existências masculinas, ao renascer em corpo de mulher, obviamente trará tendências de homem, e vice-versa.
Isso é mostrado, inclusive, no poema “Conflito psicológico”, de Cornélio Pires, psicografado por Francisco Cândido Xavier:
“Se você se diz num corpo/ que não lhe parece o seu,/ pense na Vida Maior/ que tantas bênçãos lhe deu./ Você tem saúde e força/ com claro discernimento,/ instrução elogiável,/ espírito calmo e atento./ Por isso mesmo, você/ não deixe de observar:/ o corpo recorda a enxada/ que o ajuda a trabalhar./ A terra nos lembra um campo/ de sementeira bendita,/cada qual nasce trazendo/ o amparo que necessita./ É você pessoa eterna/ usando agentes mortais,/ os corpos são semelhantes/ mas não certamente iguais./ Porque carregue conflitos,/ não clame, nem se degrade,/ terá você renascido/ em auxílio à humanidade./ Você não pode ser pai,/ mas pode fazer o bem./ Jesus não era casado/ e serviu como ninguém”.
Em Vida e Sexo, Emmanuel e Chico confirmam:
“A homossexualidade, hoje também chamada transexualidade em alguns círculos da ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível à luz da reencarnação”.
A homossexualidade amplia-se em intensidade e extensão, com o próprio crescimento da humanidade. Assim, o mundo vê, atualmente, em todos os países, extensas comunidades de homossexuais, totalizando milhões de homens e mulheres, solicitando os mesmos merecidos respeito e atenção devidos às criaturas heterossexuais”.
Grandes corações e beloscaráteres
No seu clássico Ação e Reação, também André Luiz oferece-nos essas duras e lógicas advertências:
"Considerando-se que o sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser, é natural que o espírito acentuadamente feminino se demore séculos e  séculos nas linhas evolutivas da mulher, e que o espírito marcadamente masculino permaneça por longo tempo nas experiências do homem. Em muitas ocasiões, contudo, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus. Idêntica situação se verifica com a mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinquência, cria para si mesma terrível alienação mental que se estenderá além do sepulcro, requisitando, quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio emotivo, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor."
Mas há exceções, que André Luiz se apressa a ressaltar:
"Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caráteres que, em muitas circunstâncias, reencarnam em corpos que não lhes correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem, com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale da renúncia construtiva para acelerar o passo, no entendimento da vida e no progresso espiritual".
Fora da pederastia e do lesbianismo
Finalmente Chico, no livro Kardec Prossegue, de Adelino da Silveira, perguntado se o homossexual deve aceitar suas tendências ou lutar contra elas, respondeu:
"Li, de um analista emérito, que toda amizade e que toda ligação espiritual, do ponto de vista afetivo, é parcela de homossexualidade no homem e na mulher. Mas o homossexual não pode, de um momento para o outro, deixar a natureza de que é portador como se, por ser homossexual, estivesse condenado a não trabalhar, a não servir. Vemos, a todo momento, homens e mulheres nessa situação desempenhando com grande dignidade, eficiência e devotamento, as missões e os deveres que lhes competem. O que o homossexual precisa evitar é a pederastia e o lesbianismo, a prática sexual com alguém do mesmo sexo. A pederastia e o lesbianismo, sim, são problemas suscitados pela ânsia de experimentar sensações. Já a homossexualidade está vinculada a um processo afetivo entre homens e mulheres do Planeta, de modo que é um estado natural, em que as almas se afinam para fazer o bem. Vamos dar ao assunto a cor que o assunto traz: todo homem deve fugir da pederastia. Toda mulher pode perfeitamente ficar fora do lesbianismo".

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