sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

de jerusalém ao nepal

18 de dezembro de 2014 • 09h00 • atualizado às 11h14

De Jerusalém ao Nepal: veja lista de 7 destinos espirituais

Viajar pode significar encontrar-se consigo mesmo ou mesmo com o divino. Em diferentes pontos do mundo, destinos espirituais atraem turistas em busca desse tipo de experiência, sejam religiosos ou não. O Terra listou sete desses lugares para você se inspirar.
Índia: cidades e rio sagrados
A Índia é um dos principais destinos de quem procura espiritualidade em uma viagem. O país abriga diversas religiões, como o hinduísmo, e abriga cidades importantes para o budismo. A figueira sob a qual Sidarta Gautama sentou antes de alcançar o nirvana, em Bodhgaya, e o sítio histórico de Sarnath (ao lado da cidade de Varanasi), onde já transformado em Shakyamuni Buda teria feito sua primeira pregação, são pontos de encontro de budistas. O banho no Rio Ganges é uma tradição do hinduísmo, que o vê como uma divindade. As celebrações da Kumbh Mela, o maior evento religioso do mundo, levam milhões de pessoas ao local. 
 
Vizinha da Índia e terra natal de Sidarta Gautama, o Buda, o Nepal é outro destino procurado por turistas espiritualizados. Os templos, distribuídos por cidades como Kathmandu, Patan e Bhaktapur, são de fácil acesso e muitos já foram proclamados Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A região do Himalaia, meca de alpinistas que sonham com a conquista do Everest, pico mais alto do planeta, também é considerada uma viagem de autoconhecimento. 
 
Jerusalém: Terra Santa de três religiões
Terra Santa reverenciada pelo cristianismo, islamismo e judaísmo, Jerusalém é destino até para quem não é fiel a nenhuma religião mas busca locais com vibrações espitiruais.Na cidade, visite o Muro da Lamentações, onde os fiéis pedem perdão e deixam pedidos por escrito nos espaços entre as pedras. A mesquita Al-Aqsa, na Cidade Antiga, é a terceira local mais importante para o Islã - atrás apenas de Meca e Medina. E o Calvário, ou Gólgota, é o local de crucificação de Jesus Cristo. 
Machu Picchu: mistério na cidade perdida dos incas
Acredita-se que Machu Picchu, a cidade perdida dos incas, é um dos principais centros energéticos do planeta. Os gurias turísticos contam que até as pedras de granito usadas na construção da cidade foram escolhidas para concentrar energia no local, que está a 112 quilômetros de Cuzco e a 2.350 metros acima do nível do mar. Cercada de enigmas sobre sua criação e serventia, a área foi declarada pela Unesco Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade.
Ilha de Páscoa: moais guardam mistério
Isolada no meio do Oceano Pacífico, a Ilha de Páscoa também abriga seus mistérios. Do pouco que ficou registrado da cultura dos navegadores polinésios que ali aportaram por volta do ano 1000, restaram os moais - gigantescas estátuas de pedras vulcânicas, de 1 a 10 metros de altura e até 80 toneladas. A função dos moais e como eles foram construídos ainda são tema de debates e teorias não comprovadas.
Turquia: fé em Istambul e na Capadócia
A imponente Basílica de Santa Sofia representa bem a atribulada trajetória de Istambul, capital da Turquia. Construída como uma igreja cristã no século XI, foi convertida em mesquita pelos otomanos e hoje abriga um museu. Outro ponto espiritualizado da cidade é a bela Mesquita Azul. A 800 quilômetros de lá, a Capadócia tem atrações como passagens subterrâneas e passeios de balão e é procurada por devotos de São Jorge. 
Santiago de Compostela: ponto final dos caminhos
Peregrinos do mundo inteiro percorrem os caminhos que levam a Santiago de Compostela, onde está a famosa catedral de fachada barroca que abriga o corpo do apóstolo Tiago. A rota mais tradicional começa na França e tem cerca de 700 quilômetros, mas há alternativas saindo de Portugal e no sul da Espanha, além de diversos pontos de encontro ao longo dos caminhos. A pé, de bicicleta ou mesmo a cavalo, os peregrinos encontram suporte como albergues, mercados, restaurantes e postos de saúde.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o TerraCartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

ato ecumênico na ufpr

Celebração Cultural reúne representantes de oito religiões na Capela da Reitoria da UFPR

As comemorações dos 102 anos da UFPR tiveram um momento bastante especial na tarde desta segunda-feira (15). Representantes de oito religiões se reuniram na Capela da Reitoria para realizar uma celebração cultural. O objetivo era mostrar que o amor, o respeito e a busca pela paz são valores comuns a todas as crenças. E como a espiritualidade e a fé podem caminhar lado a lado com o conhecimento científico.
Representantes de oito religiões se uniram em nome do respeito e da paz - FOTO: Ana Assunção
Manifestações artísticas foram o foco do encontro de crenças - FOTO: Ana Assunção
“Durante as comemorações da trajetória da Universidade que desenvolveu e transformou o Paraná, abrimos vários momentos para nos aproximar da comunidade. Nesta celebração, buscamos, através da fé e da diversidade, chamar atenção para nos olharmos com mais respeito e espírito fraterno”, explicou o reitor Zaki Akel.

Com foco na cultura musical das religiões, o evento contou com membros das igrejas Católica, Batista, Luterana e Ortodoxa, além da Umbanda, Candomblé, Espiritismo e Islamismo. Cada um teve seu momento para mostrar as principais ideias de sua religião e alguns aspectos da arte dentro de seus rituais.


FOTO: Ana Assunção
“Este é um momento de diálogo muito importante aberto dentro da universidade. Se, por um lado, temos discordâncias de crenças, por outro temos muitos valores em comum. Nossa convicção nunca deve ferir a convicção do outro.” - Padre Volnei Campos, Igreja Católica Apostólica Romana




FOTO: Ana Assunção
“Acreditamos que a união nos faz maiores. A fé Ortodoxa respeita a todas as religiões, culturas e civilizações. Acreditamos no diálogo.” - Padre Samaan Nasry, Pároco da Igreja Ortodoxa Antioquina São Jorge de Curitiba





FOTO: Ana Assunção
“O ser humano não deve deixar de buscar o conhecimento e aprender. Mesmo que se torne uma autoridade no assunto, o homem deve continuar sua busca pelo saber ilimitado. Não há fronteiras para o conhecimento e o amor.” - Sheike Mohammad Sadek Ebrahimi – Líder da Comunidade Islâmica de Curitiba




FOTO: Ana Assunção
“Existem vários pontos de contato que unem as religiões em todo o mundo. Não há nenhuma razão para conflitos e disputas. São diversos os caminhos que nos conduzem para o mesmo fim, a fonte inesgotável de amor, o Deus único.” - Adriano Lino Greca, vice-presidente da Federação Espírita do Paraná

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ATO ECUMÊNICO EM SALVADOR(BAHIA)BRASIL ENTRE PASTORA EVANGÊLICA E MÃE DE SANTO

Pastora visita terreiro de candomblé em encontro ecumênico e faz preces com mãe de santo

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Pastora visita terreiro de candomblé em encontro ecumênico e faz preces com mãe de santo Uma pastora evangélica participou de um encontro ecumênico em um terreiro de candomblé e causou polêmica na Bahia. O encontro foi marcado para manifestar solidariedade aos adeptos das religiões afro-brasileiras após atos de intolerância terem sido registrados no estado.
Sônia Mota, pastora e representante da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e do Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas Cristãs (CEBIC), esteve acompanhada do secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI), Raimundo Nascimento, na visita ao terreiro Ilê Axé Obá Babá Xeré, em Cajazeira XI, que é liderado pela ialorixá mãe Branca.
De acordo com Branca, “as crianças não podem dizer que são do candomblé por que são discriminadas”, e recentemente, um monumento sagrado da religião, a Pedra de Xangô, foi vandalizada.
A pastora, que usava uma camiseta branca com os dizeres “Eu respeito as diversidades”, criticou o ato de vandalismo e afirmou que seu gesto de ir ao terreiro tinha como objetivo deixar um recado à favor da tolerância.
“Nós, enquanto organização de entidades religiosas, não compactuamos com atos de desrespeito à diversidade religiosa. A CESE luta há 40 anos pelo reconhecimento dos terreiros. Essa depredação da Pedra de Xangô causou muita indignação entre nós. Nossa presença hoje é justamente para provar isso”, disse Sônia Mota.
A mãe Branca agradeceu o gesto e frisou que foi surpreendida pela visita da pastora: “Saio daqui muito emocionada. É um acontecimento histórico para os povos de terreiro. Nunca imaginei que um dia receberia pastores em minha casa. Tenha certeza de que essa luta não será em vão”, comentou.
O secretário Raimundo Nascimento disse que pretende solicitar maior atenção das autoridades responsáveis contra os atos de vandalismo: “Este encontro é resultado do trabalho deste grupo. Entre as medidas acertadas, destacam-se o tombamento e registro especial da Pedra, limpeza, rondas policiais, iluminação e criação de um parque de proteção ambiental”, disse.
No final do encontro, de mãos dadas, todos fizeram rezas em iorubá, e a mãe Branca orou o Pai Nosso junto com a pastora.